E aí vem você, todo dengoso e cheiroso
Roça meu pescoço, você é habilidoso
Sabe sussurrar em meus ouvidos
Palavras que fazem meus pêlos eriçar
Não se deixa levar pelo meu jeito birrento
E dá aquele sorriso de moleque levado
Sabe que é tarde, eu não aguento
Ainda dou de ombros
Acreditando que ainda há o que caçar
Você me puxa de leve é só me abraçar
Fui enfeitiçada apenas com o olhar
Lanço fora o último argumento
Besteira é perda de tempo
Para que sabotar se o que quero é brincar
Da alma para a escrita
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
domingo, 17 de setembro de 2017
domingo, 9 de julho de 2017
Supus que era amor
Algo nascido em minhas entranhas
Lá, nesse lugar escuro,
Em que visitar não é uma decisão fácil
Brotam sensações que danificam o corpo
Que dão vida a esse corpo
Ora suores e tremores
Ora dor aguda que chega ao insuportável
Não pode ser amor o que causa dor
Você foi o pior e o melhor
Destruiu em mim o que ainda poderia ser salvo?
Vago entre a tristeza e a desilusão profunda
Afasto-me justificando proteção
Não tolero... Tristeza em profusão
Não quero... Medo, prostração
Mundo... Libertação
Se me separo de mim
Para me libertar de ti
Extirpo você e sangro
E na metamorfose de existir
Permito-me te destruir
E ergo das cinzas que ora me tornei
Alço voo e plano sobre seus cacos
O tempo em pó te transformará
E outra vez, mais uma vez
Volto e me refaço
Na arte de me moldar
E de me contemplar
Supus que era amor
E era...
Não você, insignificante ser
Eu, somente eu
[A única razão para amar...]
sexta-feira, 30 de junho de 2017
É estranho não te ter mais nos pensamentos
Não há sorrisos, não há devaneios, não há nada
E do nada que sempre foi será que ainda
Resta um resquício do que se fantasiou?
Não, nada... Silêncio constrangedor
Questiono o tempo que se fora perdido
Por que tanto foi gasto?
Esse abandono é que dói
Não do ser que se pensou amado
Mas do que se fez fantasiado
Agora quando entre nuvens o sol aparece
É apenas brilho intenso ofuscante
As borboletas voaram para lugar distante
Resta apenas um pequeno ponto de distração
Foi você o meu rompante de paixão
Ou mera e descuidada desilusão?
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Por dias e horas vou me afundando no delírio
Esmago em mim o desejo alucinado
É parte desse corpo essa forma que não deforma
Custou-me o entendimento
Dói dor doida da realidade
Antes fantasia e falsa alegria
Hoje tristeza marca da ausência
Coração que partido não retorna
Sangra como rio que vai para o mar
Não é paixão, fogo desejo de amar
Tão pouco amor que ensina suportar
Não há nesse corpo razão
Fragmentado espalha se pelo ar
Sai de dentro para melhor enxergar
E não há nada que se possa olhar
Dói dor doida do desejo de amar
domingo, 2 de abril de 2017
Sempre andei pela periferia dos sentimentos
Não me aportando em nada ou ninguém
Dei azar de ancorar em um espaço disforme
Quase sucumbi em meio a tantas fantasias
Chorei rios por dias, alaguei meus espaços vazios
Martirizei o corpo querendo sufocar a dor
Iludi dia e noite chamando de amor
Passei dias, meses e anos nessa prisão
Alimentando-me do que jurava paixão
Já em frangalhos, arrastando os trapos da solidão
Senti um sopro leve que vinha de longe
Uma brisa suave chamada razão
Num último suspiro de força
Dei o salto para minha libertação
Quebrei a corrente, soltei as amarras
Sem olhar para trás flanei
E a escuridão para sempre deixei
E a escuridão para sempre deixei
E fui te inventando por que era preciso
Não me sabia quem era
Mas conhecia as minhas dores
Ora alucinadas ora despidas de sentido
E fui te criando como especial
Era meu refúgio lugar de abrigo
Sorria o sorriso de quem não entende
Que real é estar sempre presente
E amanhecia coberta de esperança
Desconhecia ser pura expectativa
Algo fantasiado nas entranhas
Fugas do monstro assolador
E fui te inventando
Iludida acreditava estar amando
Era um desejo de ser outra não eu
Não era o reflexo o meu desejo
Estranha não me reconhecia
E fui te inventando
Era a única forma de ser lúcida
De repente fumaça
Desvanecendo no tempo
O que era passível de verdade
Restam apenas fragmentos embaçados
Aos poucos caem no esquecimento
Mas te inventei porque era preciso
De amor andei falando
Foi nesse refúgio que acabei me encontrado
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