O tempo agora passa lento, quase consigo enxergá-lo
A chuva que bate à janela parece querer me contar histórias
Sentada, distante e surda aos sons externos
Adapto meus ouvidos a outros sons
Sons do passado quando tudo parecia possível
Percebo agora que alguns desejos e sonhos
Foram tão desnecessários e inúteis
Lembro-me das lágrimas bobas por motivos fúteis
O pequeno papel que se desdobra à minha frente
Revela-se como um justo senhor
Tanto tempo desperdiçado, tantos rancores
E esse tempo desejo que passe lento, mas daqui a pouco
Será que ainda terei tempo?
A confusão é como parceira das horas
Esse é um momento solitário
Em que algumas coisas precisam ser reveladas
E o medo do sofrimento a ser causado
Doe ainda mais do que o que a mim fora anunciado
Existe um espelho a minha frente
Não consigo me ver nele
Mas vejo o rosto e o sorriso que precisam estar ali
Para confortar, abrigar, consolar
Do outro lado, o reflexo não é tão bonito
As dores que consomem meu corpo
Parece uma navalha afiada que vai
Dilacerando cada pedaço de pele
O sono a cada dia mais difícil
O cansaço que bate e a vontade de se deixar ficar
Lembro-me de outro tempo
De outras dores e preciso trazer de volta
O sorriso, o olhar, a certeza de ainda estar...
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
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