sábado, 19 de junho de 2010

Devaneios II

Me rasgo em dores contidas
Os espasmos do meu corpo
Se debatem com a dor da minha alma
Sufoco o grito que arde na garganta
Meus pensamentos são farpas amargas
Que rasgam e consomem meu ser
Sofro da solidão povoada
No caminho, rostos e mãos são pinturas abstratas
Que desmancham-se ao toque
Não há solidez no contato
Sigo sem destino por caminhos vagos
Encruzilhadas de pequenos momentos.

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...