sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


Era uma quarta-feira
Quando me foi dada à luz
E a lua brilhava em Libra
Dizem os astros que
Sob a influência da lua
Sou um ser agradável e charmoso
Quem dera os astros
Detivessem o poder da verdade
E lá se vão 46 anos de vida
Dias de sol... Dias de chuva
No caminho, muitas pegadas
Algumas profundas, outras leves
De qualquer forma
Caminhar sob a minha realidade
Faz com que minhas fantasias
Sejam cheias de cor e luz
Tenho mais a agradecer do que reclamar
Não peço nada a não ser
Que Deus seja paciente comigo
Pois que sou desobediente e teimosa
Uma sagitariana que não nega
Seu lado animal quando necessário
E dificilmente mantem sua língua dentro da boca
Os que me conhecem sabem lidar com meus defeitos
Os que acham que me conhecem criticam-me
Os que gostariam de me conhecer têm receio
Sugiro que se aproximem
Aprendam a enxergar além
Quem sabe nos tornamos amigos
E não meros conhecidos
Como acredito na eternidade
Vou vivendo minhas muitas idades
Talvez um dia me seja dado à dádiva
De nunca mais voltar
Aí então saberei que aprendi
Cresci, evolui e poderei enfim
Aproveitar os doces sabores
Da arte de viver
Um brinde a vida,
A minha VIDA!


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Fui...
Vi...
Não gostei...
Voltei...
Girei em meu eixo
E retornei ao ponto que parti
Comecei de novo
Um pé a frente do outro
Um tropeço aqui, uma pedra ali
Sol, chuva, ventania
Na sombra de minhas fantasias
Parei e me refestelei
Beijei com gosto aquele
Que no caminho encontrei
Deixei pegadas para
Lembrar-me de onde passei
E fui...
Passos largos em alguns momentos
Passos lentos apreciando o tempo
Mas se houver necessidade de retornar
O farei sem pestanejar!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Medo


Como um véu negro deslizando sobre a pele

Causando arrepios, acelerando minha pulsação

Olhos arregalados na eminência do contato

Tateio o vazio, meu corpo estremece

Sinto frio, como se lâminas me atingissem

Os ouvidos aguçados na esperança

De escutar alguma coisa

Vislumbro uma sombra e me desespero...

Deparo-me com o vazio

O silêncio é cortado por batidas

Acredito ser alguém à porta

Aguço ainda mais os ouvidos

Grito esperando ser ouvido

Mas nada acontece

Respiro como se o ar tivesse me abandonado

E percebo que as batidas alucinadas

Era meu coração

Eu já o sentia na boca

A noite escura e desequilibrada 

Parece brincar com minhas emoções

Os minutos pingando em horas

Meus nervos em frangalhos

Ficam alerta com qualquer movimento

As mãos tremem, o suor é pegajoso

Não consigo ver nada, o silêncio revolve

Cada centímetro a minha volta

Fareja-me como um cão

Consigo ver suas presas

E os seus olhos negros em mim

Um raio corta minha visão

A aurora desponta

O cão desaparece, respiro

Lentamente volto ao meu estado normal

O medo como criatura apavorante

Rondou-me na noite passada

E como amante sedento sugou minhas forças

Deslizo para o chão, exausto

Fecho os olhos e num último suspiro

Adormeço...


E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...