quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Colcha de retalhos...

Pedaços de tecidos em recortes desestruturados
Várias cores, texturas e formatos
Cada pedaço vai se unindo em pequenos pontos
Perfeitos no caminho que segue a costurar
Dias se passam e esses pequenos tecidos unidos
Vão construindo uma imagem ora interpretada
Ora desassociada de qualquer forma de interpretação
A face se distingue do anverso
De um lado formas compreendidas
Do outro um quase nada unido apenas
Pelos pontos muito perto da perfeição
De uma linha que prende, mas que pode
Facilmente se soltar, desprender
Ao final tenho uma colcha de retalhos
Aparentemente perfeita e bem construída
Mas que traz a fragilidade da linha que pode arrebentar
Caso não haja um olhar disposto a perscrutar
E muita sutileza no seu manejar.

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...