sexta-feira, 30 de junho de 2017

É estranho não te ter mais nos pensamentos
Não há sorrisos, não há devaneios, não há nada
E do nada que sempre foi será que ainda
Resta um resquício do que se fantasiou?
Não, nada... Silêncio constrangedor
Questiono o tempo que se fora perdido
Por que tanto foi gasto?
Esse abandono é que dói
Não do ser que se pensou amado
Mas do que se fez fantasiado
Agora quando entre nuvens o sol aparece
É apenas brilho intenso ofuscante
As borboletas voaram para lugar distante
Resta apenas um pequeno ponto de distração
Foi você o meu rompante de paixão
Ou mera e descuidada desilusão? 

quinta-feira, 29 de junho de 2017



Por dias e horas vou me afundando no delírio
Esmago em mim o desejo alucinado
É parte desse corpo essa forma que não deforma
Custou-me o entendimento
Dói dor doida da realidade
Antes fantasia e falsa alegria
Hoje tristeza marca da ausência
Coração que partido não retorna
Sangra como rio que vai para o mar
Não é paixão, fogo desejo de amar
Tão pouco amor que ensina suportar
Não há nesse corpo razão
Fragmentado espalha se pelo ar
Sai de dentro para melhor enxergar
E não há nada que se possa olhar
Dói dor doida do desejo de amar

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...