quinta-feira, 29 de junho de 2017



Por dias e horas vou me afundando no delírio
Esmago em mim o desejo alucinado
É parte desse corpo essa forma que não deforma
Custou-me o entendimento
Dói dor doida da realidade
Antes fantasia e falsa alegria
Hoje tristeza marca da ausência
Coração que partido não retorna
Sangra como rio que vai para o mar
Não é paixão, fogo desejo de amar
Tão pouco amor que ensina suportar
Não há nesse corpo razão
Fragmentado espalha se pelo ar
Sai de dentro para melhor enxergar
E não há nada que se possa olhar
Dói dor doida do desejo de amar

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