quarta-feira, 6 de abril de 2016

Foto: Mauro Marques
Texto: Anônimo
No meio da tarde me pego pensando em você
Vasculho os guardados da memória
E em meio a recortes do tempo
Relembro um pedaço da nossa história
Namoro seu retrato disperso das horas
Combino traços, imagino abraços
E finjo que ainda temos agoras
Meus lábios se abrem em sorriso
Sinto na pele o toque... Na boca o gosto
Uma insanidade consciente daquilo que já não há
Retorno pesada de sentimentos
A raiz não foi arrancada
Você permanece em mim
É preciosa pedra na minha jornada


segunda-feira, 4 de abril de 2016

Hoje há um silêncio gritando em mim
É ensurdecedor
Distraio-me com os avessos da vida
E neles me embriago
Saio cambaleante, trôpega em meus devaneios
Inutilmente resisto
Há um turbilhão de pensamentos
Dançam alucinados em minha mente
Meu corpo vibra e já em transe
Abandona-se nesse mar angustiante
Não se preocupa em nadar para longe
Não há força, não faz sentido
Cansado, exausto esse corpo afunda
Mergulhado em si
Rostos, formas, risos, lágrimas
Falas entrecortadas, mal acabadas
E no externo de mim
Calmaria sem fim
É madrugada e ela em meio a nuvens
Acaricia meu rosto
Seca a lágrima que rola
O silêncio aquieta





E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...