Gosto de ver o tempo passando
Acho musical aquele Tic... Tac...
Gosto de olhar o nada e descobrir
Que ele me revela tantas coisas
Gosto de sentar na tarde morna
E abraçar a brisa que me acolhe
Sem pedir nada em troca
Gosto de passar horas olhando a lua
Ela mexe com todos os meus sentidos
Saio do real e flutuo no imaginário
Gosto de entrar em um livro
E me misturar as personagens
Gosto de deitar sobre a grama
E ouvir todas as suas histórias
Enquanto fadas tecem tranças delicadas em meus cabelos
E sinos tocam uma música suave e melodiosa
Gosto de viajar e olhar tudo a meu redor
Pessoas com seus passos largos
Bichos, gente, máquinas
Tudo misturado em uma paisagem
Que vai se transformando, desenhando
Deixando-se acomodar
Gosto de simplesmente gostar.
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Hoje eu enxerguei você
Foi num daqueles passeios descompromissados
Já o tinha visto tantas vezes
Mas jamais enxergado
Incrível como criamos camadas
Por sobre a pessoa amada
Ou que acreditamos amar
Ou que acreditamos amar
E a cada pincelada tornamo-nos cegos
Desligamos as luzes de alerta
E nos contentamos com a obra que criamos
Mas o senhor destino, destemido e que jamais se cansa
Escolhe justamente aquele momento
Em que vagamos distraidamente
Para lhe tirar a palheta da mão
E impedir que você crie mais camadas
E como carrasco que é vai dissolvendo
O que você idealizou e fantasiou
O que se revela não é de todo feio
Mas também não é mais tão belo
Não há nada a dizer as palavras
Pedem licença para se retirar
Os olhos agora desnudos
Faz brotar a água que alivia
Mas que também transborda
Numa enxurrada de sensações
O resto do corpo mantem-se
Aquietado e cansado
Ao enxergar você
Percebi que o encanto fora quebrado
E me vi escorrendo como areia
Até chegar ao fundo
Totalmente esvaziada
Há uma tristeza que me ronda
Há uma raiva que rivaliza com ela
As duas travam uma luta intensa
O silêncio vem ao meu encontro
Embala-me em seus braços
A exaustão é tamanha
Meu corpo se deixa cair
Ao enxergar você, como mágica
Você deixou de existir.
Assinar:
Postagens (Atom)
E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...
-
"Diante do perigo, a holotúria se divide em duas: deixando uma sua metade ser devorada pelo mundo, salvando-se com a outra metade. ...
-
Que eu tenha em mim A loucura, a poesia e a amante Para que eu possa Acreditar Que ainda haverá Esperança...
-
Olha pra mim, amor, olha pra mim; Meus olhos andam doidos por te olhar! Cega-me com o brilho de teus olhos Que cega ando eu há muito por ...