sexta-feira, 13 de setembro de 2013

E ela cuidou da dor
como criança ainda no colo
Acariciou, limpou, alimentou
Enquanto adormecida
A dor era quase inexistente
Mas ela soube suportar
Na exasperação de momentos
À quietude morna
E assim quando ela percebeu
A dor havia crescido e partido
E em repouso ela adormeceu
Agora ela estava livre
E poderia, enfim, apropriar-se
Do que realmente era seu

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...