E fui deletando tudo
Sem pensar ou interrogar
Apaguei sem dó nem misericórdia
Foi tudo para o lixo
Abri pastas lancei um olhar de desdém
E apaguei no ritmo alucinado
De um Jimi Hendrix sendo engolido
Por seus demônios em Peace in Mississipi
Paz é tudo o que não encontro
Mas a sensação de jogar fora
O que me consome em pesadelos
Traz um certo alívio e as emoções
Ora tranquilas e serenas
Ora enlouquecidas e sangrentas
Apazígua minha alma
Que perdeu o curso e gira
Em seu eixo como se desamparada
Não lamento nada
Não me arrependo de nada
Na tela um cursor que pisca
Silenciosa e pacientemente
Cruzo as mãos e sigo o ritmo
Respiro como se há muito
O ar me faltasse
Existe um silêncio ao meu redor
Nem o tempo se arrisca a me confrontar
Mergulho no meu infinito
Tento deletar as lembranças
Imagens do que transformou-se em passado
E me descubro impotente
Posso jogar fora o que me é palpável, visível
Mas jamais o que se tatuou em memória
Porque faz parte de minha história
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
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