domingo, 2 de abril de 2017

Sempre andei pela periferia dos sentimentos
Não me aportando em nada ou ninguém
Dei azar de ancorar em um espaço disforme
Quase sucumbi em meio a tantas fantasias
Chorei rios por dias, alaguei meus espaços vazios
Martirizei o corpo querendo sufocar a dor
Iludi dia e noite chamando de amor
Passei dias, meses e anos nessa prisão
Alimentando-me do que jurava paixão
Já em frangalhos, arrastando os trapos da solidão
Senti um sopro leve que vinha de longe
Uma brisa suave chamada razão
Num último suspiro de força
Dei o salto para minha libertação
Quebrei a corrente, soltei as amarras
Sem olhar para trás flanei
E a escuridão para sempre deixei




Nenhum comentário:

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...