quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu até que me esforço, pode acreditar
Leio, danço, dramatizo, pesquiso, desenho, escrevo...
Mas o universo é um moleque travesso.
Viro a esquina e você está lá na marca do carro
Ligo a TV e você aparece com um sorriso que adoro
Fico zapeando na internet e você acaba aparecendo.
Uma música toca no rádio e,
Não é que a voz é igualzinha a sua...
Visito um amigo e já na entrada dou de cara com você
Um outdoor no caminho me mostra algo que adoro em você
Diante de tanta insistência eu desisto,
Não vou conseguir te esquecer
Vou me juntar ao universo,
Talvez concordando com suas artimanhas,
Eu consiga me livrar das lembranças
E apagar minha memória e nossa história.
A distância poderia ter sido minha aliada,
Mas nem ela conseguiu essa façanha.
Não vou mais me angustiar, martirizar.
Vou curtir tudo isso e me desencanar
Também vou brincar com o universo
Vou jogar o seu jogo...
Assim, de repente, eu possa ganhar
E, quem sabe, você não se transforma em uma imagem
Que aos poucos vai desvanecendo
E eu de você vou me esquecendo...

Soneto

Vai minha tristeza seu tempo já acabou
Leve as lágrimas que meu rosto já lavou
Não te quero agora nesse novo tempo que começou
Meus dias serão de glória de alguém que sempre amou

Vai minha tristeza vai adormecer
Não te quero aqui quando o dia amanhecer
Não se preocupe nunca vou te esquecer
Pois foi você que meu deu motivos para crescer

Há uma nova canção cantando em mim
A certeza de que estou longe do fim
O sol como minha estrela brilha enfim

Todos os caminhos me trouxeram aqui
De volta no mesmo ponto que julguei partir
Recomeçando e não lamentando o que vivi
Não foi fácil dizer adeus
As palavras ficaram presas na garganta
Enquanto sufocava os prantos meus.
As lágrimas queimavam meu rosto
Retorcido pela angústia e empalidecido pela dor.
Só você sabe as dores do meu coração
São lamentos de uma paixão
São pedaços deixados pela desilusão
São marcas, são feridas
Saudade de um tempo que não tem volta
Foi difícil dizer adeus, mas foi mais difícil ainda
A certeza da necessidade desse adeus.

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...