domingo, 15 de novembro de 2015





Depois de horas sobre livros, artigos e anais
Dei-me  o direito de um pouco de leveza
Fui zapear  pelas ondas e me perdi
Entre a tristeza e o horror
Entre a angustia e o sofrimento
Lamentei cada episódio
Da guerra sem fim de povos
Que não se entendem e nada entendem
Sobre o sentido da vida
Sobre o sentido da palavra amor
Deixada por aqueles que jamais
Falaram em guerra
Até a morte da alma natureza
Da morte de pessoas simples
Com seus dias simples
Com suas histórias simples
Morre uma história
Vitimada pela ganância e poder
Ver lágrimas na voz embargada
Dos amigos de lá, dos amigos de cá
Saber que percorri pelas duas ruas
Que senti os cheiros, os risos
A alma leve de cada lugar
Doi me profundamente
Lá e cá perdas irreparáveis
E a certeza de que não somos nada
Que cada dia é único
Que se o perdemos
Perdemos a chance de um viver melhor
Que haja luz para essas almas sofridas
Que sejamos mais humanos
Que a vida seja nossa principal riqueza

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...