quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Que sentimento é esse que sinto por ti
Amor... paixão... tesão...
Qual o sentido de nomear
Aquilo que nem as palavras
São capazes de conceituar
O que sinto é muito maior que uma simples paixão
É leve, terno, profundo
Não preciso estar perto para sentí-lo
Não preciso tocá-lo para desejá-lo
Os sentimentos não se confundem
São verdadeiros e cheios de paz
Conheço seus sorrisos e os aprecio
Tem um que o deixa leve e tranquilo
Esse é o meu preferido
Tem aquele do dia a dia 
Que faz parte da sua vida
Não sei se gosto muito, mas ele é seu
Então faz parte de você 
Nossos encontros são inexistentes
Por vezes acho que são apenas ilusões
Mas só eu sei o que é verdade 
E o que é apenas fantasia
Há dias que tenho uma saudade sem fim
Em outros desejo que o sol e o vento
Tornem seu dia o mais perfeito de todos
Em algum momento sinto falta de sua voz
Então ouço o silêncio e em segundos
A melodia toma conta de mim
Cada nota me toca como se você estivesse ali
Sussurrando música aos meus ouvidos
Existe algo que jamais me fez esquecer você
Seu cheiro, ele é intenso, mágico
Posso fechar os olhos e a fragrância
Em notas amadeiradas e cítricas
Invade minhas narinas e eu o sinto
Como se ao meu lado você estivesse
Fico feliz de descobrir a intensidade 
E a leveza desse sentimento
E mais feliz ainda que seja você
O responsável por ter despertado em mim
Algo tão forte e libertador
Não darei nome a esse sentimento
Pelo medo que ele caia em lugar comum
O levarei comigo como minha maior riqueza
Pois não há tesouro maior
Que uma joia chamada paz
Incrustada de diamante chamado amor.





No traço as letras unem-se

E palavras se formam

Incrustam-se no papel imaculado

O grafite se encarrega de dar o colorido

A borracha poderá apagar,

Mas o pensamento será eterno...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Nesse adeus sem palavras
Vou me apegando aos restos
Do que ontem chamei esperança
Havia um sorriso dentre
Os meus favoritos
Que iluminava teu rosto
E acalentava meu coração
Na despedida silenciosa
O sorriso se fez tristeza e
A ausência de palavras
Dava lugar ao tic... tac... do relógio
No apressado passar do tempo
O último toque dos dedos
Os olhos embaçados por lágrimas
Impedindo a lembrança
E o abismo da separação se formando
Caminhos opostos
Mas caminhos que poderão
Um dia se cruzar novamente
Ou não!


Brincar com o vento
Saltar, dançar, voar
Transpor as barreiras do tempo
Viagem que me liberta do ventre que me abriga
Rasgo-me em partes disformes
Desfaço-me de vestes antigas
Rejuvenesço no brilho ofuscante  da vida
Que me deseja como amante
E eu me solto nos seus braços
O coração agora bate acelerado
E já estou pronta
Aspiro o ar delicioso e frutado
Lanço um último olhar aos restos
Que pertencem agora ao passado
Sigo na leveza do inesperado
Mas eternamente por mim desejado

Meninas...  Mulheres

Não cresceram ainda, são meninas

Mas se comportam como adultas

Uma veste o vestido da mãe

E se olha no espelho e joga os ombros para trás

A outra sobe nos sapatos de salto

Mal conseguindo se equilibrar

Com as mãos na cintura

Tenta, aos tropeços, desfilar

Reviram a caixa encantada

Deixando uma gargalhada solta no ar

Uma usa no pulso um grande relógio

A outra, no pescoço, todas as pérolas

Mal conseguem manter-se de pé

E acreditam que assim já viraram mulher

O batom desenha linhas tortas

E deixam as bocas lambuzadas

Mas sentem-se entusiasmadas

Meninas de olhos grandes

Cabelos soltos e livres

Apreciem o reflexo da criança

No espelho do tempo que diz:

Sejam crianças, meninas

Sapecas e faceiras

Aproveitem o tempo das brincadeiras

Pois no tempo certo a transformação acontecerá

E a menina em mulher se tornará.
                         

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...