Que idiota sou
Tentando buscar
Na imensa quantidade de palavras
As mais certas para esse ridículo poema.
Ridículo... O dicionário me diz que é insignificante.
Insignificante... Quase tudo que me enfadonha.
Vou buscando palavras e correndo de todas.
Para muitos é preciso rimar
Rimar combina com amar
E nesse vagar me deparo com o imponente mar.
Continuo essa viagem pela musicalidade
Se me perco na insanidade
É porque já não encontro as palavras certas.
E vai longe minha verdade.
Sigo tecendo essa loucura
Parece que bebo de várias fontes
E cada uma delas me mostra
O quanto ridículo sou.
A verdade é que ao escrever... tecer... sofrer
Despedaço-me em angústias que me consomem.
Nessa insignificante necessidade
De buscar o que tem sentido
Quando o sentido já deixou de sê-lo.
Subestimo minha composição
Distraio-me nessa contramão
E volto ao eterno fazer rimar
Já que rimar combina com amar.
Palavras... Separadas não são nada
Juntas conseguem o mundo transformar.
Vou rimando céu com ar
Mar com amar
E vou me divertindo com o meu possível leitor
Se for crítico então...
A frase será está... Poupem-me, por favor...
Meus doces versos são para apreciar
Criticar é tão desnecessário quanto elucidar.
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Consolo na praia (Carlos Drummond de Andrade)
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
Devaneios...
Não há sorriso, olhar e nem cheiro como o seu.
Não há distância nesse tempo infinito
Que arranque o meu desejo e o enorme prazer
De estar ao lado seu.
Não há nada que arranhe essa magia,
Essa sensação que se transforma em alegria
No simples gesto de desviar o olhar
E como uma leve brisa te acarinhar.
Não há sensação e nem imaginação
Que percorra o ontem e desmonte essa paixão.
Você veio como uma doce ilusão
Limitou-se a alimentar com doçura
O grande vazio do meu coração.
Não há sorriso, olhar e nem cheiro como o seu.
E o seu toque macio
De minha pele não se perdeu...
Não há distância nesse tempo infinito
Que arranque o meu desejo e o enorme prazer
De estar ao lado seu.
Não há nada que arranhe essa magia,
Essa sensação que se transforma em alegria
No simples gesto de desviar o olhar
E como uma leve brisa te acarinhar.
Não há sensação e nem imaginação
Que percorra o ontem e desmonte essa paixão.
Você veio como uma doce ilusão
Limitou-se a alimentar com doçura
O grande vazio do meu coração.
Não há sorriso, olhar e nem cheiro como o seu.
E o seu toque macio
De minha pele não se perdeu...
Máscara...
Sufoco a dor como quem morre
Perdida no momento...
O vazio apenas me consome
Frustrante esse momento impune
Dor... vazio... solidão
O tempo passado é sensação inexistente
Olho pra trás e não vejo nada
O que fui, o que fiz
Resumi-se em um profundo e dilacerante nada
Os olhos não têm o brilho de outrora
O sorriso apagado
Como se nunca antes o fora
Atitutes que perfuram uma casca fina
Desnudando o que sempre se escondeu
O reflexo no espelho
Não passa de uma velha máscara
E como máscara se desprendeu
Dissolveu... partiu... morreu
O vazio inunda o tempo e o espaço
O agora é o prenúncio do amanhã
Mas será que haverá outra amanhã?
Perdida no momento...
O vazio apenas me consome
Frustrante esse momento impune
Dor... vazio... solidão
O tempo passado é sensação inexistente
Olho pra trás e não vejo nada
O que fui, o que fiz
Resumi-se em um profundo e dilacerante nada
Os olhos não têm o brilho de outrora
O sorriso apagado
Como se nunca antes o fora
Atitutes que perfuram uma casca fina
Desnudando o que sempre se escondeu
O reflexo no espelho
Não passa de uma velha máscara
E como máscara se desprendeu
Dissolveu... partiu... morreu
O vazio inunda o tempo e o espaço
O agora é o prenúncio do amanhã
Mas será que haverá outra amanhã?
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