Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Saudade
Quanto tempo dura uma saudade?
O tempo necessário para tirar da alma
A imagem da beleza, dos pulmões o
Cheiro extasiante, da boca o gosto adocicado
Das palavras ditas com amor e carinho.
O tempo que dura uma saudade é o
Mesmo tempo que leva a luz de uma estrela
Distante para brilhar em teus olhos.
Saudade dos pequenos momentos regados
A gargalhadas e palhaçadas.
Saudade do colo que tantas vezes acalentou.
Saudade do beijo doce e do abraço apertado.
Saudade das brigas que sempre terminavam
Em um sorriso tímido que aos poucos agigantava.
O tempo que dura uma saudade não se conta
Pelos ponteiros do relógio ou pelos dias do calendário
Saudade não se mensura.
Saudade sente-se e pronto, embora nem sempre
Possa, ao final do dia, colocar um ponto.
Quero gritar, mas a minha voz insiste em se calar
Meus poucos instantes de felicidade acabam
Murchos em algum canto da alma
Não sei lidar com esse vazio que cresce
Maltrata e me deixa seca como uma figueira
Que levou do tempo apenas o vento
Soprado nas noites quentes e adormecido
No quase nada de dias partidos
Iludir-me parecia ser a coisa certa a fazer
Mas como um vício, percebi que necessitava
Do estado de alma momentâneo para logo
Em seguida voltar a sofrer o vazio angustiante
Lamber as feridas causadas pelo orgulho e
Arrancar da pele as marcas deixadas por toques
Que dificilmente abandonarão os recônditos da memória
Ver-me sufocar na noite engolindo lágrimas
E acordar para o dia cinza com restos de ontem
Loucas as minhas vontades e absurdamente infeliz
Minha verdade transvestida de nada com luz
Bruxuleante e esmaecida
Pobre vida desperdiçada e esquecida.
Assinar:
Postagens (Atom)
E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...
-
"Diante do perigo, a holotúria se divide em duas: deixando uma sua metade ser devorada pelo mundo, salvando-se com a outra metade. ...
-
Que eu tenha em mim A loucura, a poesia e a amante Para que eu possa Acreditar Que ainda haverá Esperança...
-
Olha pra mim, amor, olha pra mim; Meus olhos andam doidos por te olhar! Cega-me com o brilho de teus olhos Que cega ando eu há muito por ...