quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Beija flor...

Beija flor que bate suas asas
Chega bailando no ar e
Beija minha boca
Beija flor que suga meu calor
Que leva em suas asas meu amor
No ar sobe e desce... me toca
Chega e sem pedir beija minha face
E volta a bailar no ar
Brinca com meus sonhos
Como quem brinca sem pensar
Beija flor que bate suas asas
De um lado a outro vai sem parar
Beija flor voa para além do ar
Volta me leva contigo me faz sonhar
Beija flor que bate suas asas
E nesse bater desaparece se esconde de mim
Foge dos meus sonhos e desejos
Foge das minhas tentativas de te abraçar
Voe longe Beija flor mas volte
E me transforme em sua doce flor
E nesse único instante abafe meu desejo de amar...

Sai de mim

Sai de mim como labaredas acesas
Penetra o espaço vazio de ilusões perdidas
Vaga como brisa fresca em tarde de partidas
Despedidas em raios de uma luz que anceia
Luz que já não ilumina os caminhos de outrora
Que perfura sem força o vácuo que a ancora
Desdobradas folhas de um passado que ainda vigora
De um presente que resplandece o ontem
Que ignora o agora que dá as costas para o amanhã
Sai de mim como labaredas acesas
Mas que se apaga diante da dor
Morre e se transforma em cinza
Renasce... morre... renasce... morre
Sai de mim como labaredas acesas
Apaga-se e o que era luz
Vê-se transformado em cinza e negro
Sai de mim e a mim retorna
Apaga-se a luz
Encerra-se em mim a dor...

E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...