quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sai de mim

Sai de mim como labaredas acesas
Penetra o espaço vazio de ilusões perdidas
Vaga como brisa fresca em tarde de partidas
Despedidas em raios de uma luz que anceia
Luz que já não ilumina os caminhos de outrora
Que perfura sem força o vácuo que a ancora
Desdobradas folhas de um passado que ainda vigora
De um presente que resplandece o ontem
Que ignora o agora que dá as costas para o amanhã
Sai de mim como labaredas acesas
Mas que se apaga diante da dor
Morre e se transforma em cinza
Renasce... morre... renasce... morre
Sai de mim como labaredas acesas
Apaga-se e o que era luz
Vê-se transformado em cinza e negro
Sai de mim e a mim retorna
Apaga-se a luz
Encerra-se em mim a dor...

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