segunda-feira, 4 de abril de 2016

Hoje há um silêncio gritando em mim
É ensurdecedor
Distraio-me com os avessos da vida
E neles me embriago
Saio cambaleante, trôpega em meus devaneios
Inutilmente resisto
Há um turbilhão de pensamentos
Dançam alucinados em minha mente
Meu corpo vibra e já em transe
Abandona-se nesse mar angustiante
Não se preocupa em nadar para longe
Não há força, não faz sentido
Cansado, exausto esse corpo afunda
Mergulhado em si
Rostos, formas, risos, lágrimas
Falas entrecortadas, mal acabadas
E no externo de mim
Calmaria sem fim
É madrugada e ela em meio a nuvens
Acaricia meu rosto
Seca a lágrima que rola
O silêncio aquieta





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