domingo, 13 de março de 2011

Poeira...

Poeira sob meus pés, já não toco o chão
Flutuo e desapareço, não tenho mais tempo
Tudo ficou para trás.
Os sons que me acompanham
São músicas que nunca ouvi, mas me acalma.
Toco, com meus dedos,  pétalas que se espalham
Seu perfume é alimento para meus pulmões
Sinto que sou como nuvem
Me formo e me transformo
Viajo, nessa viagem me encontro
Não há mais volta e nem quero mais voltar
Perdido está e assim para todo sempre ficará.
Agora meu caminho se estende para além do olhar
Minha busca chegou ao fim
Da eterna espera a certeza do encontro
Sinto-me livre e, assim como a poeira do tempo,
O último grão chegou a seu destino
E o vento o carregou...

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