domingo, 15 de maio de 2011

Tenho medo...
Medo de acordar e não ter mais
Um sol para iluminar meu dia.
Medo de atravessar a rua
E me desencontrar do outro lado.
Tenho medo...
Medo dos excessos que tumultuam
Meu simples existir.
Medo da jornada longa e,
Em alguns momentos,
Tortuosa e escura do
Meu enorme desejo de evoluir.
Medo de não conseguir sair
Da ilusão criada para a
Realidade povoada.
Tenho medo...
Medo das transformações
Que me acontencem
Independente da minha vontade.
Tenho medo dos olhos se
Fecharem para o azul que
Colore minha vida cinza,
Tão necessitada de um arco-íris.
Tenho medo...
Medo da solidão que
Escraviza e ameaça a
Serenidade dos meus sentidos.
Tenho medo que meus pés criem
Raizes na aridez da terra
Infértil e seca.
Tenho medo...
Medo que as penas
Que sustentam as asas da
Minha liberdade se percam
No caminho e nunca
Mais retornem ao seu estado de origem.
Tenho medo de partir
Em uma tarde de sol e
Não encontrá-lo do outro lado do horizonte.
Tenho medo...
Medo da eternidade
Vazia de sentimento
Medo de nunca mais vê-lo
Nem sentir os calores que
Aquecem a fragilidade do meu corpo.
Tenho medo...
Medo... Medo... Medo...

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E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...