quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Raiva...
Emoção latente, aprisionada
Fica ali, engasgada
Fere a garganta
Machuca a voz
Que sai entrecortada
Revirada
Luta uma luta insana
Quer sair, se exprimir
Mas só consegue se reprimir
O rosto se transforma
O corpo contorce, retorce
Grita de dor
Um grito contido, mudo
Uma marionete deixando-se manipular
Os lábios trancam, há muito a falar
O silêncio é mais forte
Um silêncio de sofrimento
Carrega o peso das vidas
Vividas sem cor
Ausentes, displicentes
Raiva...
A alma esbraveja
Quer sair, se desnudar
Limpar-se da agonia
Que a impregna
Mas é só silêncio
Contido, duro
E o grito emudece outra vez
E o corpo queda-se inerte



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