sexta-feira, 15 de julho de 2011

Um passarinho bateu na minha janela
Não quis abrí-la
Ele bateu novamente
Seu canto era uma alegria imensa
Dava para perceber uma euforia
No bater de suas asas
Ele era pura felicidade
Mais uma vez ele bateu na janela
Fiquei ali prestando atenção
Abraçada à minha solidão
Algum tempo se passou
Um silêncio se formou
Não ouvi mais o bater de asas
Não ouvi mais sua canção
Desvencilhei-me de minhas mãos
Fui até a janela e a abri
Apenas um pouco de pó vi ali
Um pó que poderia ter feito toda a diferença
Se eu apenas tivesse aberto a janela.

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