segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Acordei com muita disposição
Abri as gavetas, revirei as caixas
Dos armários fui retirando tudo
Não sobrou nada guardado ou escondido
Separei o que me agradava
Peças comprometidas pelo tempo
Não vacilei, mandei embora
Joguei tudo fora...
Amontoados de coisas velhas e sem uso
Vi crescer em determinados cantos
Em meio a tudo isso me vi
Nas cores escuras de algumas roupas
A silueta de alguém que passou um bom tempo nas sombras
As solas gastas dos sapatos
Lembraram-me que muito caminhei
E entre um obstáculo e outro não desisti
Sacos cheios de histórias
Caixas repletas de sentimentos e lembranças
No quarto cheio de memórias
Um pequeno objeto e sua luz intermitente
E nas suas pequenas interrupções
A necessidade de recomeçar sempre
Construir, se permitir, evoluir
Esse objeto de tantas formas
Chama-se vida... A minha vida.




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