Ai, moço bonito
Perco até o gingado quando você me olha assim
Se me vem ao alvorecer nem percebo o sol nascer
Embriagada que fico só por te ver
Suas passadas seguras, respiração ofegante
Essas pernas, ai que pernas
As minhas chegam quase a tremer
Mas se me vens ao anoitecer
Travo uma briga com a lua atrevida
Que vem toda cheia de vida
Para o teu olhar de mim roubar
Ela sabe o poder que tem
Pois te seduz até no reflexo do mar
E do alto de meus pensamentos lascivos
Fico a me perguntar: o que pensas ao caminhar?
Me ponho logo a fantasiar
Ai, moço bonito
Sinto o teu cheiro no ar
Cheiro de macho que tem charme no olhar
O suor exalando cedro e o frescor do hortelã
Pisca para mim com esses olhos de avelã
Da minha janela fico a sonhar
Vejo teus braços lançados ao vento
Correndo para me encontrar
Ai, moço bonito
Torço para o tempo parar
Se me desalinho toda só ao te ver passar
O que seria de mim, se de verdade,
Viesses me abraçar
Ai, moço bonito
Nem quero imaginar, melhor sonhar...
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
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