A última vez que nos vimos
Você estava nu
Despido da sua arrogância
Parecia até criança
Relembrando os tempos de infância
Você vestia o corpo
Mas despia a alma
E nesse arrancar de tecidos fluidos
Iam embora com eles
As máscaras do dia a dia
Tão necessárias ao sobreviver
A sua nudez interna contrastava
Com as vestes que cobria o corpo
Eu enxergava além de uma vestimenta
Não era só a pele que me permitia viajar
Era o que saia dos olhos e verbalizava
Nas palavras ditas
Ora brincadeira, ora verdade
Vê-lo assim, nessa nudez
Que tão poucos tem acesso
Deu-me mais prazer
Do que um corpo
Simplesmente nu
Um corpo é só um corpo
Quando carrega apenas a imagem
Desenhada pelo tempo
Mas passa a ser a revelação
Que seduz e produz admiração
Quando mostra alma e
Escancara o coração.
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
domingo, 30 de março de 2014
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