domingo, 9 de julho de 2017

Supus que era amor
Algo nascido em minhas entranhas
Lá, nesse lugar escuro,
Em que visitar não é uma decisão fácil
Brotam sensações que danificam o corpo
Que dão vida a esse corpo
Ora suores e tremores
Ora dor aguda que chega ao insuportável
Não pode ser amor o que causa dor
Você foi o pior e o melhor
Destruiu em mim o que ainda poderia ser salvo?
Vago entre a tristeza e a desilusão profunda
Afasto-me justificando proteção
Não tolero... Tristeza em profusão
Não quero... Medo, prostração
Mundo... Libertação
Se me separo de mim
Para me libertar de ti
Extirpo você e sangro
E na metamorfose de existir
Permito-me te destruir
E ergo das cinzas que ora me tornei
Alço voo e plano sobre seus cacos
O tempo em pó te transformará
E outra vez, mais uma vez
Volto e me refaço
Na arte de me moldar
E de me contemplar
Supus que era amor
E era...
Não você, insignificante ser
Eu, somente eu
                    [A única razão para amar...]

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