Nela escrevi o poema DOR...
Você não me dá descanso
Acordo e adormeço com você
Tento, mas não consigo
Livrar-me de você
Há dias que penso que você partiu,
Vai enfim me dar sossego
Ledo engano, uma noite se vai e
Já ao raiar do dia você vem me despertar
Não há drogas que te faça afastar de mim
Muitas mãos tentam em vão te expulsar
Mas você nem dá bola
Ignora e me maltrata quando bem quer
Algumas vezes consigo um pouco de alívio
Você parece esquecer-se de mim
Mas quando menos espero, quando acredito
Que me livrei de tua presença irritante
Você me abraça tão forte que sinto vontade
De rasgar minha carne inteira para tentar
Arrancá-la de mim
Teu nome vem em siglas
Sinto arrepios só ao te pronunciar
Você é invisível e traiçoeira
Somente quem a sente pode
Compreender minha dor
Uma dor que queima e arde ao mesmo tempo
Mas já sei que ficarás comigo a todo o momento
Somente o calor consegue te afugentar
E nesse momento o frio é seu cúmplice
Juntos conseguem me derrubar
São como agulhas a perfurar minha carne
A única coisa a fazer é relaxar
Na espera do tempo passar
E então, quando a primavera voltar
E o calor enfim me encontrar
Dar-te-ei um adeus passageiro
Porque sei que quando menos
Esperar você voltará a me abraçar.
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