Na parede da minha sala tem um quadro.
Quando preciso isolar-me do mundo
E dar vazão as minhas tristezas,
Recorro-me a ele,
Passo vários minutos, que às vezes
Chegam a transformar-se em horas,
De uma observação, que já até peguei-me
Pensando que era uma viagem para o além...
Além de minhas mais fantásticas ilusões.
Esse quadro me acalma
Suas cores quentes me transportam para
Um lugar que já estive, só não sei quando.
O céu desse quadro é de um azul profundo,
As montanhas que brotam do vale marrom
Trazem em sua textura as sombras em desenhos,
Formas que se transformam com a passagem do tempo.
Transporto-me para dentro desse quadro
Existe um vazio e uma solidão que me acalmam
Existe mais vida nessas formas
Que minha própria vida.
Alguns pontos de luz refletem
Pequenos dramas da tela;
Sinto que respiro o ar daquele lugar,
Um ar de velhas histórias.
De um passado em memórias
O quadro parece conversar comigo
Posso até sentir os grãos de poeira batendo em meu rosto.
Agora, no topo da montanha mais alta, abro os braços
Abraço o vento e desfaço-me dos pensamentos
Já sinto-me livre e leve
Já posso voltar
Retornar
Silenciar
Acalmar
Recomeçar
Todos os poemas e crônicas apresentados nesse blog, salvo algumas excessões, são de autoria de JACQUELINE BATISTA. Os que não pertencem a essa autora recebem seus devidos créditos... LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
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