sexta-feira, 10 de junho de 2011

          Sexta-feira, final de expediente, as ideias brotando a cada minuto na cabeça. Saio do trabalho para dar início a um projeto pessoal. Passo nas lojas que preciso para comprar o material necessário, fico um pouco chateada pela a atenção que recebo dos vendedores, pouco caso, má vontade, desinteresse. Fico a pensar que o trabalho que quero fazer no final de semana não poderá acontecer diante de tantos obstáculos.
          Uma vez no carro dirijo-me para mais uma loja, na tentativa de conseguir o material desejado. Em um determinado cruzamento, em que é muito raro eu passar, não olho para a esquerda só para a direita e aí, batida. Fico tensa no mesmo instante, já imaginando os impropérios que irei ouvir do outro condutor, sou mulher e dirigindo. Desço do carro já pedindo desculpas, afinal de contas eu estava errada. Mas o outro condutor é muito gentil e educado, começamos então a ligar para SETRAN e Seguradora. Aos poucos vou me acalmando, respiro profundamente e começamos a conversar, trocamos nomes, telefone, local de trabalho, a conversa vai ficando agradável e o acidente, que não devia ter acontecido, passa a não ser assim tão desagradável.
          Depois de quarenta minutos chega o rapaz da seguradora para me dar apoio e tomar as devidas providências. Conversamos animadamente enquanto o frio vai aumentando e a SETRAN não chega. Ligamos para todos que, de alguma forma, possam agilizar a chegada dos policiais para providenciarem o boletim de ocorrência e podermos sair daquele frio.
          Durante o tempo que ficamos ali naquela esquina foi possível presenciar várias possíveis batidas o que acabou gerando muitos comentários também.
          De certa forma eu estava preocupada com a chegada dos guardas, porque até aquele momento o rapaz do outro carro e o da seguradora haviam sido muito simpáticos e deixavam o ambiente tranquilo e leve. Quase uma hora depois da batida os guardas chegaram e, para minha surpresa, foram muito legais. Comentaram sobre o número cada vez mais crescente de acidentes na cidade, da quantidade de batidas que acontecem ali naquele trecho onde estávamos e que a demora deles havia se dado justamente por causa de uma batida na Av.Rondon Pacheco e que estava atrapalhando todo o trânsito .
          Vi meu carro sendo fotografado de todos os lados e não perdi a oportunidade de fazer a brincadeira: meu carro está sendo fichado, já que ele recebeu um número, igual aqueles números quando prendem alguém, só faltou vestí-lo de listrado.
          Passado o susto, problema resolvido, despedi-me de todos e fui embora. Durante o trajeto de volta para casa, agradeci a Deus por não ter acontecido nada de mais grave e pela gentileza recebida por parte de todos os envolvidos, foram educados, compreensivos e atenciosos. O que me fez lembrar de algumas horas atrás quando fui tão mal atendida nas lojas em que passei.
          A educação e a gentileza devem fazer parte de nosso dia a dia. Saber tratar bem as pessoas independente de quem sejam. Mostrar e demonstrar respeito por todos. Quando somos agradáveis com os outros recebemos de volta essa gentileza.
          Os momentos passados ali, após o acidente, me permitiu conhecer pessoas simpáticas e educadas e que, com toda certeza, serão sempre lembradas com muito carinho.
          Seja gentil, educado, permita-se conhecer as pessoas, desarme-se e você vai perceber que os problemas ficam mais leves e que são passíveis de solução sem que haja necessidade de grosserias ou desrespeito. É a lei da ação e reação, o que você faz com carinho recebe de volta.

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E aí vem você, todo dengoso e cheiroso Roça meu pescoço, você é habilidoso Sabe sussurrar em meus ouvidos Palavras que fazem meus pêlos e...