domingo, 21 de agosto de 2011

Chorar baixinho

Quando bate a saudade e a vontade
São as teclas do telefone apertar
Para sua doce voz escutar
Ouço outro som em minha cabeça
A voz rouca e em tom de ameaça
Que me chama a realidade
E me diz que pra nós dois
Já não existe mais esperança
Minha voz oculta não me dá permissão
Tão pouco amolece
Diante dos desejos do meu coração
Insisto querendo dar vazão
Aos delírios do que sinto e quero
Mas sei que será mais um engano
O jeito é abandonar esse desejo insano
Entender que agora estou sozinho
E me permitir chorar baixinho.

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