domingo, 29 de maio de 2011

      Assisti a um casamento este final de semana e o ritual dessa cerimônia é algo muito bonito e emocionante de se ver. As palavras ditas pelo padre fazem você refletir sobre esse sacramento.
      Todos que chegam ali, naquele altar, sob as bênçãos da igreja e de todos os familiares e amigos que compartilham desse momento, chegam com a alma repleta de sonhos e fantasias. Todos querem a realização feliz de um desejo, querem que o ato de casar-se com a pessoa amada, o(a) escolhido(a) do seu coração, seja perfeito. Até aquele momento muitos sonhos foram planejados, foram meses e até anos de uma relação de convivência parcial. A partir do momento que a frase “eu os declaro marido e mulher” é pronunciada pelo sacerdote, outra relação começa a ser construída, é o momento da convivência cotidiana, haverá conflitos, discordâncias, o conto de fadas não será tão cor-de-rosa, porque cada um é um, com seus defeitos, idiossincrasias e desejos particulares, mas houve a vontade partilhada de viver juntos, o amor falou mais alto, por isso os problemas que surgirem serão apenas alguns degraus que deverão ser galgados juntos, respeitando a individualidade de cada um, e é essa individualidade que jamais deverá cair no esquecimento, pois é ela que permite ao casal uma relação saudável de companheirismo e cumplicidade.
      O amor deve ser cúmplice sempre, nunca uma fantasia, porque as fantasias se dissolvem e às vezes, quando não são bem interpretadas, podem transformar-se em veneno para a relação. Cada um precisará ceder um pouco, serão necessárias muitas horas de conversa, de compreensão. Há uma velha máxima que diz ser necessário comer um quilo de sal debaixo do mesmo teto para se conhecer o companheiro(a), mas com certeza haverão muitos momentos doces de paz e alegrias e são esses momentos que devem servir de alicerce para uma união estável e duradoura.
      Talvez, com o passar do tempo, promessas que foram feitas quando do início do casamento caiam no esquecimento ou então, sejam trocadas por outras, mas o importante é que haja sinceridade de sentimento e respeito pelo outro e pelo o que o outro representa.
      Sabemos que nem todo casamento atende as palavras proferidas durante o ato da cerimônia “que sejam felizes até que a morte os separe”, alguns casamentos não dão certo e a separação é inevitável, mas, mesmo que aconteça a separação, é importante que cada um busque sua felicidade, que não desista nunca do amor.
      Todos nós buscamos um amor eterno, às vezes ele é infinito, mas só enquanto dura a paixão quente e arrebatadora, então o que acreditávamos ser amor se transforma em outro tipo de sentimento. E continuamos nossa jornada na busca desse amor, dessa promessa de felicidade e, mesmo que apareçam obstáculos e frustrações, essa busca não deve terminar nunca, pois somos seres divinos e AMAR é parte fundamental, se não essencial, de nossa condição de existir.



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